Assisted Hatching
Na gestação natural, o óvulo é fecundado pelo espermatozoide na tuba uterina (trompa de Falópio) e o embrião formado se desenvolve durante 5 dias, tempo em que é transportado para o interior do útero, chegando ao endométrio na fase de blastocisto. Dentro do útero, o embrião eclode pela camada externa, chama de zona pelúcida, uma espécie de “casca” gelatinosa repleta de proteínas, sendo capaz de implantar no endométrio.
Essa eclosão é fundamental para a implantação embrionária, fenômeno conhecido como hatching em inglês. A zona pelúcida é uma camada importante na gestação natural e FIV clássica para evitar a penetração e fertilização de mais de um espermatozoide.
O Assisted Hatching é uma técnica que cria uma pequena abertura na zona pelúcida antes da transferência do embrião ao útero, facilitando a eclosão embrionária. Algumas mulheres possuem óvulos com zona pelúcida mais rígida e espessa, principalmente aquelas com mais de 37 anos e altos níveis de FSH, sendo as mais beneficiadas pela técnica. Além disso, o congelamento e descongelamento também podem enrijecer a zona pelúcida, sendo uma boa indicação para o assisted hatching.
Como é o processo?
O assisted hatching é feito logo antes da transferência embrionária, normalmente no 3º ou 5º dia de desenvolvimento. O procedimento pode ser feito com diversas técnicas:
- LASER: atualmente mais comum e com melhores resultados.
- Solução ácida (Tyrode)
- Mecânica (dissecção parcial da zona)
Para quem o assisted hatching é recomendado?
Segundo a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), a técnica aumenta a taxa de implantação e gestação para mulheres com:
- Idade maior ou igual a 38 anos
- Embriões de baixa qualidade morfológica
- Falhas em 2 ou mais ciclos de FIV prévios
Na VidaBemVinda realizamos o assisted hatching para casos selecionados, que podem se beneficiar da técnica.