Uma dúvida muito comum entre os casais que nos procuram é a diferença entre Fertilização in vitro (FIV) e Inseminação Artificial. Ambas envolvem tecnologias para engravidar sem relações sexuais. No entanto, a Inseminação Artificial é um procedimento mais simples, que existe há mais de 50 anos, enquanto o primeiro bebê nascido através de Fertilização in vitro (FIV) foi em 1978 e é mais complexa. Vamos às diferenças:
Inseminação Artificial (ou Inseminação Intrauterina)
É um procedimento no qual o sêmen ejaculado é processado para ter uma concentração maior dos espermatozoides com melhor motilidade (movimentação), aumentando a qualidade. Esses espermatozoides serão depositados dentro do útero por meio de um fino cateter, que passa pelo colo uterino até chegar no endométrio, camada mais interna. A partir daí, o trabalho fica por conta dos espermatozoides, que devem encontrar seus caminhos para as tubas uterinas, ou trompas de falópio, até encontrarem o óvulo que deverá ser fecundado.
A Inseminação Artificial é indicada apenas para mulheres que têm as tubas normais, sem obstrução, sendo realizada com a indução da ovulação através de medicamentos. O tratamento é indicado em casos de infertilidade inexplicada (sem causa aparente) e para homens que têm contagem baixa a moderada de espermatozoides. Não existe um número máximo de tentativas, mas após 2 ou 3 ciclos sem sucesso, partimos para um tratamento mais complexo. As taxas de gravidez são de 12% a 20%.
Fertilização in vitro (FIV)
É o procedimento no qual os embriões são formados no laboratório de reprodução humana, após a fecundação dos óvulos com os espermatozoides. Para isso, os ovários são estimulados a desenvolverem vários folículos (que contém os óvulos) e, quando atingem tamanho adequado, é realizada a aspiração dos folículos para coleta dos óvulos, através de um procedimento rápido com sedação. No mesmo dia é feita a coleta dos espermatozoides e os óvulos captados são fertilizados no laboratório. Os embriões se desenvolvem dentro das incubadoras em 3 a 5 dias. Com isso, a técnica permite que a clínica tenha mais informações sobre a evolução dos embriões, já que eles são observados nos microscópios por vários dias. Após esse período, os embriões de boa qualidade são transferidos ao útero por um cateter delicado e o teste de gravidez é feito após 9 a 11 dias. Os embriões excedentes são congelados.
A Fertilização in vitro (FIV) é indicada para problemas graves que provocam a infertilidade, como alterações tubárias, endometriose, baixa qualidade dos óvulos e alteração dos espermatozoides. A taxa de gravidez da Fertilização in vitro (FIV) é maior que a da Inseminação Artificial, ficando em torno de 40 a 50%.
Mas não é por isso que pode ser considerada “melhor” que a Inseminação Artificial. Quem determina qual o melhor procedimento para o casal é o médico especialista, que fará a recomendação após um diagnóstico preciso. Por isso sempre consulte o médico para saber qual o melhor procedimento para o seu caso. Você quer saber mais a respeito dos dois tratamentos? Veja aqui.
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