Infertilidade inexplicada? Quando se deve considerar a FIV?

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Cerca de 15% dos casais brasileiros que não conseguem engravidar sofrem de infertilidade inexplicada (ou infertilidade sem causa aparente – ISCA): termo médico para quando não existe um motivo específico para a condição, mesmo depois da investigação com exames.

Não conhecer a razão aumenta a angústia dos pacientes, pois não se sabe o que é preciso combater para realizar o sonho da gravidez. A tensão aumenta, tornando a situação ainda mais delicada e difícil.

As técnicas de reprodução assistida são, sem dúvida, um recurso rápido e eficiente, já que o tempo pelo qual o casal enfrenta o problema é essencial para se chegar a um resultado satisfatório. Quando o casal tenta engravidar naturalmente, suas chances caem para menos de 50% das chances iniciais após três anos de tentativas, e um tratamento torna-se essencial.

Busca-se, então, aumentar a probabilidade de gravidez, o que pode ser conseguido com alguns procedimentos como a inseminação intrauterina (IIU) ou a fertilização in vitro (FIV). A idade do casal e o tempo de infertilidade mostrarão qual o melhor caminho.

Sabe-se que a infertilidade sem causa aparente (ISCA) é mais comum em mulheres com mais de 35 anos de idade, e por isso ela acaba sendo relacionada à queda natural da fertilidade conforme a mulher envelhece. Esse declínio pode causar falhas sutis na fertilização, no desenvolvimento embrionário e em sua implantação e, essas falhas ainda não podem ser identificadas, mesmo pelos modernos exames já disponíveis.

Após os 37 anos, a fertilidade feminina cai ainda mais rapidamente. Se a mulher com essa idade tem somadas ao seu histórico as tentativas de engravidar naturalmente por 3 anos, os especialistas indicam que o casal escolha a FIV. “E isso tem embasamento científico”, explica a Dra. Fernanda Imperial, ginecologista da VidaBemVinda. “Um estudo comparou casais com diferentes idades e tempos de infertilidade, dividindo em dois blocos de tratramento. Um grupo faria 3 ciclos de inseminação artificial e, se não engravidasse, faria a FIV. O outro grupo faria a FIV direto. A conclusão foi que a relação custo-efetividade (quanto se gasta para ter uma gravidez) é melhor na FIV para casais com infertilidade sem causa aparente em que a mulher tenha 37 anos ou mais ou quando o tempo de infertilidade é maior que 3 anos.”

Neste cenário, a FIV apresenta algumas vantagens:

  • Pode ajudar a conseguir uma gravidez mais rapidamente;
  • Pode fornecer mais detalhes sobre as possíveis causas para a infertilidade;
  • Torna-se o único tratamento a ser realizado;
  • As taxas de sucesso da FIV são mais elevadas do que as obtidas com os ciclos de inseminação intrauterina (45% contra 12%, respectivamente).

Além disso, outros tratamentos, que não a FIV, são associados a um modesto acréscimo nas taxas de gravidez, porém com um aumento significativo de custos e riscos. A FIV se mantém, assim, como um dos tratamento mais indicados para a infertilidade inexplicada.

Procure clínicas especializadas e informe-se sobre o tratamento. Mesmo quando não se identifica a causa da infertilidade, as chances não estão perdidas: é possível buscar o sonho da gravidez com a fertilização in vitro.

O inimigo pode ser invisível, mas ainda assim a ciência oferece grandes chances para encontrarmos o caminho para o sonho da maternidade.

Vida Bem Vinda

Por Vida Bem Vinda Master

18 de nov de 2014
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