Inseminação Caseira: Entenda os Riscos
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Há aproximadamente 2.500 anos, o filósofo Aristóteles falou que o segredo para a felicidade consiste no meio termo. E ele tinha razão! Você sabia que o exercício, apesar de ser uma prática essencial para a saúde, caso praticado em excesso pode gerar uma queda na fertilidade?
No caso dos homens, os exercícios em excesso podem diminuir a concentração de espermatozoides e baixar os níveis de testosterona. Nas mulheres, o exercício pode comprometer a fertilidade porque tem chances de desregular os ciclos menstruais, levando à cessação da ovulação e, inclusive, a amenorreia – ausência de fluxo menstrual.
Como visto, o malefício é para ambos os sexos. Isso ocorre, pois o excesso de endorfina liberada no corpo pode inibir o eixo hipotálamo-hipófise, que é responsável por regular a secreção de hormônios no nosso corpo. Isso comprometerá tanto o processo de formação de formação do espermatozoide quanto a ovulação. Entenda como o excesso de exercício prejudica a fertilidade.
A função reprodutiva depende de um equilíbrio de hormônios no organismo, tanto que as pílulas anticoncepcionais agem justamente na desregulação deles. Para que ocorra a ovulação, os hormônios produzidos pela hipófise (glândula que fica no sistema nervoso central) necessitam interagir com o ovário, mais precisamente, com os folículos ovarianos. Eles atuam no ovário para produzir dois hormônios: o estradiol e a progesterona – esta também chamada de hormônio da gravidez, pois é produzido após a ovulação.
O exercício físico em excesso não age diretamente no ovário, mas sim na hipófise, inibindo a produção e liberação dos hormônios FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante). Esse fato, associado a uma menor produção de outros hormônios no exercício em excesso, pode causar quadros de ausência de ovulação (anovulação), que gera infertilidade.
Existem outros mecanismos que explicam o efeito negativo dos exercícios em excesso sobre a fertilidade: defeito da fase lútea e alteração da leptina.
No defeito da fase lútea, a mulher ovula, mas não sustenta a produção adequada de progesterona e, portanto, o endométrio não é capaz de receber adequadamente o embrião que lá chega. Normalmente, a fase lútea (nome que se refere ao corpo lúteo, uma estrutura amarelada que se forma no ovário após a rotura do folículo e liberação do óvulo) dura cerca de 12 a 16 dias e defeitos levam a ciclos mais curtos.
A leptina é um hormônio importante que regula o apetite e metabolismo. Atividade física em excesso leva a aumento nos níveis de adrenalina e redução da leptina. A adrenalina leva ao consumo de glicogênio muscular, além de reduzir os estoques de gordura. Quando a gordura corporal cai muito, o ciclo menstrual fica irregular devido à anovulação. Quando a leptina cai, o apetite também reduz, progredindo a perda de gordura. Assim, o processo se mantém.
Exercícios físicos excessivos podem ser perigosos também para os homens. Associados à masculinidade, exercícios intensos e em excesso, ao invés de aumentarem os níveis de testosterona, os diminuem.
A testosterona participa ativamente da maturação dos espermatozoides no testículo. Estudos científicos têm mostrado que a musculação ou corrida em excesso diminui a quantidade de espermatozoides por mililitro de sêmen.
Outros analisam a qualidade geral do sêmen e observaram que, quando homens participavam de exercícios intensos quatro vezes por semana, havia uma queda de 43% na concentração de espermatozoide, diminuição da motilidade e aumento das formas imaturas de espermatozoide.
A bicicleta para os homens também representa um perigo pois, se praticada frequentemente e várias horas, irá prejudicar a saúde das células que geram o espermatozoide devido ao atrito e aquecimento testicular.
Você sabia que o escroto masculino fica localizado fora do corpo justamente para manter uma temperatura mais baixa, o que auxilia na maturação dos espermatozoides? Então! O aumento da temperatura irá, consequentemente, prejudicar a reprodução masculina.
Viu como tudo em excesso faz mal? Não se descuide! O exercício em demasia faz mal à saúde. O exercício moderado e frequente é o ideal,e previne, até mesmo, os sintomas da endometriose.
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Por Dr. Oscar Barbosa Duarte Filho
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