Endometriose na adolescência é comum?

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A adolescência é uma fase de mudanças e conflitos. Meninos e meninas precisam aprender a lidar com um novo corpo, sentimentos que afloram, hormônios em ebulição. Mas as meninas têm algo a mais: a menstruação, e normalmente seguida por cólicas nunca antes experimentadas.

Nessa hora, o papel dos pais é fundamental. Além da conversa aberta e da confiança, a consulta médica é importante. Muitas vezes, essas cólicas podem indicar mais do que um problema passageiro: um início de endometriose, que, se não cuidada, poderá se estender e trazer complicações para a vida adulta.

A endometriose é a presença do tecido endometrial fora do útero. O endométrio é uma camada mais interna do útero e que é eliminada mensalmente, durante a menstruação. Quando a paciente desenvolve a doença, o endométrio pode se instalar em outros órgãos, como tubas e ovários, podendo afetar até mesmo o intestino, o que gera intensas dores em toda a região abdominal e pélvica.

Conheça os principais sintomas:

  • Fortes dores abdominais;
  • Dor na relação sexual;
  • Cólicas menstruais intensas;
  • Problemas intestinais;
  • Desconforto ao urinar.

A consulta periódica a um ginecologista (o indicado é no mínimo uma vez ao ano) e a realização de exames específicos são procedimentos que permitem o diagnóstico da doença ainda no início da adolescência.

Mas, muitas vezes, os pais optam por não realizarem exames, e preferem aguardar um pouco mais. Essa decisão pode comprometer o diagnóstico precoce e fazer com que a doença se desenvolva e se agrave.

Pesquisam mostram que entre 50% e 70% das adolescentes que possuem cólicas menstruais e que não apresentam melhora no tratamento com anti-inflamatórios e pílulas anticoncepcionais são diagnosticadas com endometriose.

Entre os problemas que a doença traz à adolescente, além das dores, estão a perda de aulas na escola, a tendência ao afastamento dos amigos, pelo desconforto causado, e o risco de infertilidade na vida adulta.

Mães e pais devem estar conscientes de que, quanto antes for realizado o diagnóstico, maiores serão as chances de se evitar complicações no futuro. O tratamento pode ser feito com o uso de medicamentos ou, em alguns casos, por cirurgia. Mas cada caso deve ser avaliado individualmente pelo médico de confiança da famí­lia.

Portanto, converse com sua filha e mantenha as consultas com o ginecologista em dia. O ambiente de confiança, amor e carinho dentro de casa e o acompanhamento médico garantirão certamente um caminho suave no diagnóstico e na solução do problema.

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